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Thursday, 18 de April de 2024
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Curso de Guerra na Selva

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Na época de sua criação, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) tinha as missões de preparar oficiais e praças para as Operações de Guerra na Selva, adestrar subunidades e outras frações, testar e propor o material para uso na selva e contribuir para o desenvolvimento da doutrina.

Para tanto, contava com uma equipe de 11 instrutores e de cinco monitores, a qual, apoiada por outros sargentos, cabos, soldados e mateiros, deu o pontapé inicial à formação do melhor combatente de selva do mundo. Assim, no dia 10 de outubro de 1966, teve início o primeiro Curso de Guerra na Selva (CGS) para oficiais. Da primeira turma de Guerreiros de Selva, concluíram o curso 29 oficiais brasileiros. Em 1967, o efetivo de 31 sargentos brasileiros terminou o CGS.

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Muitos outros cursos se seguiram, com a participação de oficiais e praças nacionais e de nações amigas, contribuindo para a difusão da doutrina da guerra na selva para os rincões brasileiros e em âmbito internacional.

As dificuldades enfrentadas pelos pioneiros do CIGS eram inúmeras, pois, no início, faltavam viaturas, embarcações e outros meios. Somavam-se a essa realidade, a precariedade das vias de acesso ao campo de instrução do CIGS, com destaque para a Estrada do Puraquequara. Constantemente úmida e cheia de atoleiros, representava obstáculo quase intransponível para aqueles que buscavam chegar ao antigo Barracão, atual Base de Instrução Nr 2, ou ao Igarapé Branquinho, atual Base de Instrução Nr 3.

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Apesar das adversidades, as instruções eram conduzidas regularmente, graças ao empenho e ao espírito de cumprimento de missão dos bravos pioneiros, liderados pelo então Major Teixeira. O Curso de Operações na Selva (COS) é o principal produto do CIGS. Busca inserir o aluno num ambiente o mais próximo possível do combate real, com desgaste físico e psicológico de forma controlada.

Durante sua memorável história, o CIGS ministrou três diferentes tipos de curso: o Curso de Guerra na Selva, o Curso de Ações de Comandos (CAC) e o Curso de Operações na Selva (COS). O primeiro desses cursos foi desenvolvido entre 1967 e 1970, ano a partir do qual o CIGS foi transformado em Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos (COSAC), por força do Decreto nº 67.458, de 29 de outubro de 1970. Com isso, passou a ministrar, simultaneamente, os COS e os CAC.

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Em 1978, volta a ser denominado CIGS, por meio do Decreto n° 87.201, devolvendo a responsabilidade dos CAC à Brigada Paraquedista. Até fins de setembro de 1969, os cursos eram de duas categorias, uma para oficiais e outra para subtenentes e sargentos. A partir de outubro do mesmo ano, passaram a ser de três categorias: “ALFA”, para oficiais superiores; “BRAVO”, para capitães e tenentes; e “CHARLIE”, para subtenentes e sargentos.

Atualmente, o COS tem a duração de 09 (nove) semanas e são divididos, didaticamente, em 03 (três) fases: Vida na Selva, Técnicas Especiais e Operações. Na primeira fase, o aluno aprende a sobreviver na selva com os meios que ela oferece. Na segunda fase, são ministradas instruções de caráter mais técnico, como: módulos de tiro, módulo de orientação, explosivos e destruições, emprego de aeronaves, dentre outras. Na última fase, o aluno integra os conhecimentos adquiridos nas fases anteriores, atendendo às demandas operacionais do Comando Militar da Amazônia e do Comando Militar do Norte.

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Por possuir renome internacional, mais de 400 militares de nações amigas já realizaram o curso no Brasil e os países condôminos da Hileia Amazônica são os que mais buscam matrícula no curso do CIGS. Até o final do primeiro semestre de 2014, o CIGS formou cerca de 5.700 Guerreiros de Selva. Por fim, os concludentes dos COS são os responsáveis pe difusão do que há de mais novo em Operações na Selva e suas organizações militares, espalhadas por todos os rincões da Amazônia.

São combatentes testados e especializados pela melhor escola de guerra na selva do mundo e detentores dos segredos da selva e eternos guardiões da mística do Guerreiro da Selva; homens que assumiram o COMPROMISSO TERRÍVEL de proteger e defender a Amazônia Brasileira.

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A Preocupação com a Saúde dos Alunos

O COS é um dos cursos de combate mais difíceis do Exército Brasileiro. A imitação do combate leva o aluno a um nível de desgaste físico e psicológico muito grande. Desta forma, existe uma preocupação constante com sua saúde.

Além das doenças tropicais, que são monitoradas pela Divisão de Saúde, existe uma preocupação muito grande com a rabdomiólise. A rabdomiólise caracteriza-se pelo poder de causar danos à musculatura esquelética e, quando isso ocorre, o conteúdo das células musculares é liberado na corrente sanguínea, o que pode ser potencialmente tóxico e ocasionar lesão nos rins e arritmias cardíacas, levando, em casos extremos, à morte.

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Considerando-se que há uma forte relação entre a rabdomiólise e a atividade física intensa e prolongada a que são submetidos os alunos do COS, as condições climáticas adversas, a alta umidade e o calor amazônicos agravam ainda mais a situação. Destarte, a Divisão de Saúde realiza com frequência exames clínicos e laboratoriais para prevenir e neutralizar as incidências da doença durante o Curso.

FONTE : Revista Verde Oliva

Fonte | Fotos: operacional