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Thursday, 28 de March de 2024
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Chegada maciça de reforços militares à Ucrânia preocupa UE e EUA

Diversos
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As informações sobre a presença de comboios militares nas áreas separatistas da Ucrânia são “muito preocupantes”, declarou neste domingo (9) a alta representante para Política Externa da União Europeia (UE), a italiana Federica Mogherini.

“As informações mais recentes da missão na Ucrânia da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) sobre comboios nas regiões controladas pelos separatistas – com um importante número de armas pesadas, carros de combate e tropas sem distintivos (…) – são muito preocupantes”, afirmou Mogherini, em um comunicado.

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A diplomata também pediu a Moscou que impeça a entrada de novos reforços no país vizinho. “Peço à Rússia que assuma plenamente sua responsabilidade a esse respeito, inclusive impedindo qualquer movimento de soldados, armas, ou combatentes procedentes de seu território para a Ucrânia e retirando da Ucrânia todas as tropas, armas e equipamentos sob seu controle”, frisou.

Neste domingo, Kiev relatou vários disparos contra posições do Exército no leste do país, com a morte de um civil e de dois policiais ucranianos.

EUA alertam sobre violação de acordo

Em nota divulgada neste domingo, a Casa Branca também manifestou sua grande preocupação com os informes da chegada de reforços militares russos para os rebeldes do leste da Ucrânia. O governo advertiu que qualquer esforço dos separatistas para controlar mais território será uma ‘flagrante violação’ do acordo de cessar-fogo.

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‘Estamos muito preocupados com os combates intensificados no leste da Ucrânia, assim como com os inúmeros informes (…) de que os separatistas apoiados pela Rússia estão deslocando grandes comboios de armamento pesado e tanques para as linhas de frente do conflito’, disse neste domingo a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Bernadette Meehan, em um comunicado.

‘Continuamos pedindo a todas as partes que cumpram estritamente o cessar-fogo. Qualquer tentativa das forças separatistas de se apoderar de território adicional no leste da Ucrânia seria uma flagrante violação dos acordos de Minsk’, alertou.

Meehan insistiu em que Moscou honre os compromissos previstos no acordo de paz firmado entre Kiev e os separatistas, incluindo o fim dos fornecimentos militares aos separatistas e a retirada de todas suas tropas e armas da Ucrânia.

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‘A Rússia deve permitir a restauração da soberania ucraniana no lado ucraniano da fronteira internacional, monitorizado pela OSCE, e facilitar a libertação de todos os reféns’, ressaltou. Continuamos a enfatizar que a adesão ao marco de trabalho acordado em Minsk é a melhor oportunidade de conseguir uma solução pacífica para o conflito no leste da Ucrânia, completou.

OSCE relata mais de 40 tanques 

Após a divulgação do informe da OSCE, no sábado, jornalistas da AFP viram no início da tarde um comboio em Makiivka que se dirigia para Donetsk, com cerca de 20 caminhões militares sem identificação. Destes, 14 tinham canhões.

Um morador contou à AFP ter visto passar, por volta das 9h (4h, no horário de Brasília), sete canhões autopropulsados na direção do aeroporto. Há meses, o local é um dos principais pontos de combate entre o Exército ucraniano e os separatistas. Os veículos também seguiam para Yasynuvata, importante cruzamento ferroviário próximo a Donetsk.

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No sábado à noite, os observadores da OSCE, presentes na Ucrânia para supervisionar a aplicação do cessar-fogo firmado em 5 de setembro entre Kiev e os separatistas, relataram ter visto ‘mais de 40 tanques e caminhões’, circulando em uma autoestrada na periferia leste de Makiivka.

Entre eles, havia 19 caminhões militares da marca russa Kamaz, sem identificação, que transportavam canhões de 122 mm e pessoal de uniforme verde-escuro sem insígnias. O comboio incluía seis caminhões-tanque.

Os observadores também viram ‘um comboio de nove tanques – quatro T72 e cinco T64 -‘, que se deslocava para o sudoeste de Donetsk. A OSCE não indicou a origem desses equipamentos e tropas, mas os militares ucranianos não têm qualquer dúvida a respeito, declarou neste domingo o porta-voz militar Andri Lysenko, em clara alusão à Rússia.

Lysenko disse ainda temer ‘provocações’ destinadas a ‘criar um pretexto para a entrada, na região de Donbass, das supostas forças de manutenção de paz russas’. Moscou nega estar envolvida nos combates no leste separatistas.

Fonte | Fotos: g1