News

Escoteiro do Rio de Janeiro é condecorado com a Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes

Escoteiros de Irajá participam de troca de guarda do Monumento aos Pracinhas

AECB Brasília realiza homenagem a veteranos da FEB

Militares do Comando Militar do Norte fortalecem o preparo em Operações Aeromóveis

Tropa do Exército Brasileiro se prepara para atividade internacional

Operações Interagências: saiba como é atuação da Marinha com outros órgãos

Condor apresenta tecnologias inteligentes durante a LAAD 2023 e anuncia o primeiro Instituto de Ciência e Tecnologia para não letais da América Latina

Friday, 29 de March de 2024
Home » Ministério da Defesa » Brasil e Paraguai trabalham em conjunto contra ataques biológicos, químicos e nucleares

Brasil e Paraguai trabalham em conjunto contra ataques biológicos, químicos e nucleares

Ministério da Defesa
Por

Primeiro Batalhão DQBRN do Exército Brasileiro

As forças armadas do Brasil e do Paraguai continuarão avançando em sua história de trabalho conjunto para prevenir ataques não convencionais com armas químicas, biológicas e nucleares depois que os dois países se juntaram para manter o Papa Francisco em segurança durante sua visita ao Paraguai, em julho deste ano.

O 1° Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Brasil (DQBRN) trabalhou em coordenação com a Comissão Nacional para a Prevenção e Resposta a Emergências Biológicas do Paraguai (CONAPREB) para evitar potenciais ataques terroristas contra o Papa ou o público maciço de seus eventos, incluindo uma missa a céu aberto para 1 milhão de fiéis em seu último dia no país sul-americano.

“Durante essas grandes aglomerações, nunca excluímos a possibilidade de um ataque com armas biológicas”, diz o Coronel Jorge Mieres, porta-voz das Forças Armadas do Paraguai. “Há sempre uma possibilidade latente de risco. Sempre esperamos que isso não ocorra porque, se ocorresse, seria catastrófico.”

Preparação e treinamentos intensivos

O Batalhão DQBRN e a CONAPREB estavam bem preparados para a visita do Papa. O Batalhão lidou com a multidão que compareceu à Copa do Mundo de 2014 e à Copa das Confederações em 2013, ambas no Brasil. Em setembro, o Batalhão DQBRN, que prestará segurança durante os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, realizou um ensaio de seu Plano de Contingência para Ataque Nuclear a fim de que as instituições públicas, forças de segurança e a população em geral saibam como responder a um ataque ou acidente nuclear com radiação potencialmente mortal.

Três meses antes, em junho, o grupo lançou uma operação que simulou a evacuação de uma vítima de ataque biológico. O curso foi organizado pela Escola de Instrução Especializada, com sede no Rio. “O trabalho do DQBRN pode ser visto em todos os âmbitos de atividades das Forças Armadas do Brasil durante grandes eventos internacionais”, diz um comunicado das Forças Armadas do Brasil.

Preparação para as Olimpíadas de 2016

Os militares brasileiros colocarão em prática sua experiência ao garantir a segurança das Olimpíadas, de 5 a 21 de agosto, “O Brasil sediará os Jogos olímpicos em 2016 e há um consenso entre os estudiosos do assunto de que não há país que esteja livre de atentados terroristas”, escreveu o Coronel Márcio Luiz do Nascimento Pereira Abreu no EBlog, o blog do Exército Brasileiro.

No artigo A Ameaça Terrorista QBRN , o Cel Abreu explicou que grandes grupos terroristas podem não estar interessados em atacar o Brasil, mas “os chamados ‘lobos solitários’ poderiam atuar livres de qualquer preocupação de retaliação por não representarem uma organização ou grupo específico, o que aumenta a possibilidade de ocorrência de atentados sem distinção de países”.

Segundo ele, é “fundamental que o Brasil esteja preparado para responder a um incidente desta natureza” e, principalmente, que esteja consciente desta vulnerabilidade comum a todos os países e que coopere para as atividades preventivas de não proliferação. “[Isto vai] garantir a segurança da população e a integridade das instalações vitais para o Estado Brasileiro.”

Experiência positiva

Os membros da CONAPBREB que trabalharam com o Batalhão DQBRN durante a visita do Papa ao Paraguai se beneficiaram da experiência, de acordo com o Cel. Mieres. “A CONAPREB lança mão das lições aprendidas com o treinamento dentro e fora do país (especificamente com o Brasil e a Argentina).Temos uma parceria muito estreita com o Brasil que lida com o adestramento de pessoal para importantes eventos e certas capacidades especiais.”

A missão da CONAPREB, que engloba representantes do governo e do setor privado, é tomar as precauções necessárias para evitar e responder de forma adequada a emergências decorrentes de incidentes biológicos, químicos e nucleares – acidentais ou intencionais – que exercem impacto na segurança nacional e no meio ambiente do Paraguai. “Este corpo especializado oferece um efeito multiplicador de suas experiências e conhecimentos a outras instituições. Por exemplo, acompanha de perto o tema dos desastres naturais e está na vanguarda em equipes especializadas”, diz o Cel Mieres.

Treinamento conjunto

A cooperação entre o Brasil e o Paraguai vai além das equipes especializadas, como o Batalhão DQBRN e a CONAPREB. Entres os meses de novembro e dezembro de 2014 por exemplo, nove membros das Forças Armadas Paraguaias treinaram em uma unidade da Força Aérea Brasileira no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), em Minas Gerais. Os militares paraguaios participaram de um treinamento sobre como manter os sistemas hidráulicos, eletrônicos e pneumáticos do Tucano T-27, um avião de fabricação brasileira e utilizado pela Força Aérea Paraguaia no combate ao narcotráfico. As sessões de treinamento permitiram que os técnicos paraguaios monitorassem o funcionamento de partes específicas da aeronave, como o trem de pouso e os assentos ejetáveis.

Fonte | Fotos: dialogo