News

Em celebração do dia do Soldado em Brasília, empresários gaúchos são agraciados com a Medalha Exército Brasileiro

Forças Armadas e sociedade civil transportam 3,6 mil toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul na maior campanha humanitária já registrada no país

Embraer e FAB colaboram com logística e doações para o Rio Grande do Sul

P-3AM Orion faz primeiro voo com novas asas

ABIMDE coordenou empresas brasileiras na Defence Service Asia 2024

KC-390 Millennium transporta Hospital de Campanha da FAB para Canoas

Hospital de Campanha da Marinha inicia atendimentos no RS nesta quinta-feira (9)

Sunday, 08 de December de 2024
Home » Artigos » Emprego de tropas de cavalaria no combate às gangues no Rio de Janeiro

Emprego de tropas de cavalaria no combate às gangues no Rio de Janeiro

Exército

Uma das constatações realizadas na pacificação das favelas do Rio de Janeiro foi o oportuno emprego da tropa de Cavalaria Mecanizada.

O espírito dos integrantes da Arma de Cavalaria foi um dos pontos altos da operação. Atuando em veículos Urutu, nas viaturas Marruá e/ou em motocicletas, os mi li tares participaram de vários tipos de operações no interior dos Complexos do Alemão e da Penha.

Di ferente das tropas de Infantaria empregadas na Pacificação, os cavalarianos não ocupavam o terreno. Eles constituíam a Força de Reserva e eram subordinados diretamente ao General comandante da Força de Pacificação. Embora tenham sido passados em reforço às Forças Tarefa de Infantaria em algumas ocasiões, seu emprego mais comum era em escoltas, patrulhamento, operações de visibilidade e operações de busca e apreensão.

Circulando e ocupando as principais vias no interior ou na peri feria da área de operações, as viaturas blindadas tinham grande dissuasão sobre os criminosos e seus simpatizantes.

Para realizar operações de busca e apreensão, normalmente eram usadas as viaturas Marruá e as motocicletas, devido à rapidez e capacidade de circular em vielas mais estrei tas e inclinadas.

Essa fusão (Marruá e motocicletas) também era bastante usada pelas tropas de infantaria com o mesmo efeito. Nessa combinação, os motociclistas também eram bastante usados como batedores, visando agi lizar a circulação das demais viaturas nos deslocamentos mais críticos.

O uso de equipes de motociclistas ocorria também em reconhecimentos de becos e vielas, esclarecimentos de informações/denúncias em tempo real no interior das áreas edificadas, mensageiros e reconhecimentos nas tri lhas rurais da Serra da Misericórdia.

Infelizmente, o emprego de cavalos não pode ser considerado recomendado para esse tipo de operação. Nas raras oportunidades em que isso ocorreu, vários animais adoeceram seriamente, picados por carrapatos da Serra da Misericórdia. Também convém lembrar que o terreno era extremamente compartimentado e, em várias ocasiões, situações de desgaste e enfrentamentos evoluíam rapidamente de desacato para uma sequência de agressão, tiros e/ou arremesso de coquetéis molotov ou bombas de fabricação caseira sobre a tropa. O animal não possui proteção blindada e pode ocasionar desdobramentos indesejáveis ao ser ferido ou se assustar.

Tendo a dissuasão como principal vantagem (devido à altura e força), essa forma de emprego para o animal é mui to diferente de controlar aglomerações em show s de rock ou entradas de estádio de futebol, bem como demais empregos para cavalos em garantia da lei e da ordem.

O emprego de cavalos é previsto para as operações de Garantia da Lei e da Ordem. Entretanto, antes de isso ocorrer, é necessário que os comandantes observem os fatores da decisão, sendo os mais tradicionais: Missão, Inimigo (ou Forças Adversas), Terreno e os Meios Disponíveis

Fonte | Fotos: Operacional