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Thursday, 18 de April de 2024
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Forças Navais das Américas treinam juntas na “Parceria das Américas 2014”

Diversos
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Exercício naval  Parceria das Américas 2014

Por Julieta Pelcastre

As marinhas de nove países americanos, sete deles sul-americanos, reuniram-se no Chile em agosto para a “Parceria das Américas 2014”, uma série de exercícios de treinamento conjuntos com simulações de assistência humanitária a civis durante desastres naturais.

Cerca de 1.500 participantes de Colômbia, Paraguai, Argentina, Peru, México, Equador, Brasil, Canadá e Estados Unidos mediram suas habilidades de resposta em uma simulação de terremoto com magnitude de 8,8 e tsunami. Desastres naturais causam muitas mortes na América Latina e no Caribe.“É fundamental fortalecer as parcerias regionais e melhorar as competências dessas missões de segurança”, disse o Brigadeiro-General David Coffman, comandante do Comando do Sul da Marinha dos EUA.

Coffman fez esses comentários durante o encerramento do evento, que foi realizado de 12 a 22 de agosto nas cidades costeiras de Valparaíso e Pichidangui.

Melhorando a cooperação e a eficiência

Os exercícios de treinamento foram concebidos para ajudar as equipes das nove forças navais a melhorar a colaboração e a eficiência operacional em missões conjuntas no mar e em apoio a iniciativas em terra.

Por exemplo, em um exercício, equipes de veículos anfíbios e de transporte aéreo trabalham juntas para oferecer assistência humanitária a civis, incluindo cuidados médicos, suprimento de alimentos e água. Durante a simulação, um grupo de militares chilenos e quatro fuzileiros navais norte-americanos gerou diferentes cenários para testar as habilidades e a capacidade de resposta das marinhas.

Eles chegaram à praia de Pichidangui na unidade de desembarque “Canave” e nas unidades de desembarque mecanizadas “Reyes” e “Fuentes”, respectivamente. Durante os exercícios, alguns usaram o LSDH-91 Sargento Aldea, uma embarcação de ataque anfíbia, uma barcaça, uma fragata multiuso chilena, um navio e um helicóptero da Marinha Mexicana, dois helicópteros AS-332L Super Puma da Marinha Chilena e quatro helicópteros Sea Knight da Marinha dos EUA.

LSDH 91 SARGENTO ALDEA

O treinamento na Parceria das Américas não se limitou a simulações. “Antes da parte prática, houve palestras de especialistas em diversas áreas. Esse é o desafio ao trabalhar com outras marinhas”, afirmou o contra-almirante Arturo Undurraga, comandante da Força-tarefa Anfíbia.

Histórico consolidado

A Parceria das Américas 2014 foi coordenada pelo Comando Sul dos EUA (Southcom), que trabalha com forças de segurança da América Latina e do Caribe para ajudar populações civis em desastres naturais, como terremotos e furacões.Por exemplo, as marinhas do grupo de países latino-americanos se uniram para ajudar o Haiti após o terremoto de 7,3 graus de magnitude que assolou o país em janeiro de 2010.

O terremoto matou em torno de 316.000 pessoas no Haiti e destruiu ou causou sérios danos a 250.000 residências e 30.000 edifícios comerciais. Em seu ponto mais alto, a resposta do Southcom nos esforços de assistência mobilizou 22.000 soldados.Muitos países da região das Américas e do Caribe também cooperam no combate a organizações criminosas transnacionais, como o Los Rastrojos e o Clan de Usúga, e mexicanas, como o cartel de Sinaloa e o Los Zetas.A Parceria das Américas não é o único exercício de treinamento das marinhas latino-americanas.

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A UNITAS também é coordenada pelo Southcom. Esses exercícios de treinamento ajudam as forças navais de toda a região a estabelecer relações de confiança e melhorar o trabalho coordenado, aumentando sua capacidade de responder rapidamente a uma eventual crise regional ou global.

Esses exercícios são necessários para todos os acordos visando à interoperabilidade e a esforços conjuntos, afirmou o analista de segurança Raúl Benítez Manaut, da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam). “Eles envolvem uma divisão do trabalho na qual cada marinha dá sua maior contribuição. As forças armadas latino-americanas precisam treinar e se preparar para responder às necessidades que os países envolvidos possam vir a ter.”

Fonte | Fotos: dialogo