News

Forças Armadas e sociedade civil transportam 3,6 mil toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul na maior campanha humanitária já registrada no país

Embraer e FAB colaboram com logística e doações para o Rio Grande do Sul

P-3AM Orion faz primeiro voo com novas asas

ABIMDE coordenou empresas brasileiras na Defence Service Asia 2024

KC-390 Millennium transporta Hospital de Campanha da FAB para Canoas

Hospital de Campanha da Marinha inicia atendimentos no RS nesta quinta-feira (9)

Exército instala Hospital de Campanha para apoio de saúde à população no Rio Grande do Sul

Friday, 26 de July de 2024
Home » Internacional » França mobiliza o PA Charles de Gaulle contra EI no Iraque

França mobiliza o PA Charles de Gaulle contra EI no Iraque

Diversos
Por

cdg

A França mobilizou nesta segunda-feira (23) no Golfo seu porta-aviões Charles de Gaulle, como parte das operações da coalizão internacional contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque. “A integração do Charles de Gaulle na Operação Chammal (codinome da operação francesa no Iraque) começa nesta manhã”, declarou à AFP um colaborador próximo ao ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Os primeiros aviões de combate Rafale decolaram pela manhã do Charles de Gaulle, que avança a uma velocidade de cruzeiro de 120 milhas náuticas (200 km/h) ao norte do Bahrein, no Golfo, a caminho do Iraque. A partir de sua nova posição, os aviões franceses poderão alcançar seus alvos em uma hora e meia de voo, a metade em comparação com a base de Al-Dhafra, nos Emirados, utilizada pela Aviação francesa.

Charles de Gaulle

O Charles de Gaulle, que zarpou no dia 13 de janeiro de Toulon (sul da França) para uma missão de cinco meses, permanecerá várias semanas no Golfo, ao lado do porta-aviões americano “Carl Vinson”, como parte da coalizão internacional antijihadista dirigida pelos Estados Unidos, indicou uma fonte militar francesa.

Com aeronaves de combate Rafale e Super Étendard a bordo, Paris vai duplicar seu dispositivo aéreo na região, que contava com nove Rafale nos Emirados Árabes Unidos e seis Mirage 2000D na Jordânia. A França lançou em meados de setembro a operação Chammal no Iraque. Desde então, seus aviões realizaram missões de reconhecimento e bombardeios no país para apoiar o exército local e os peshmergas curdos que combatem o EI, indicou uma fonte próxima a Le Drian.

SEM-Super-Etendard-Modernise-e-Rafale-M-foto-Marine-Nationale-580x387

O país é, junto à Austrália, um dos que fornece mais efetivos à coalizão de 32 países, embora sejam os Estados Unidos que realizam a maioria dos ataques aéreos. Desde agosto de 2014, a campanha militar internacional se traduziu em mais de 2.000 bombardeios no Iraque e na Síria. Os caças franceses só intervêm no Iraque porque Paris considera que uma operação na Síria pode reforçar o regime de Bashar al-Assad frente aos rebeldes.

2.000 homens a bordo

Os bombardeios buscam deter o avanço do EI destruindo depósitos de munições, veículos e os poços de petróleo que controlam, a maior base financeira do grupo jihadista. Os países da coalizão, que excluem enviar tropas terrestres à zona, também lançaram missões de aconselhamento e treinamento do exército iraquiano, que demonstrou incapacidade para enfrentar o EI no último verão (do hemisfério norte).

Charles de Gaulle.2

O Estado-Maior norte-americano espera que as forças iraquianas estejam em condições de lançar uma ofensiva terrestre na cidade estratégica de Mossul (norte) entre abril e maio, antes do Ramadã e dos calores extremos do verão.

O Charles de Gaulle, autêntica base aérea flutuante, contará com o apoio de um submarino nuclear de ataque, de uma fragata de defesa antiaérea (Chevalier Paul) e de outra antissubmarina (a britânica Kent), assim como de um navio petrolífero para abastecimento. A operação envolve 2.700 marinheiros, entre eles 2.000 a bordo do porta-aviões francês.

rafale_f2_sur_le_charles_de_gaulle

A França tem 3.500 soldados na operação Chammal, tantos quanto na operação Barkhane em vários países da África subsaariana (Mali, Mauritânia, Níger, Chade e Burkina Faso), outro importante cenário da luta contra o jihadismo.

Fonte | Fotos: g1