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Wednesday, 24 de April de 2024
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USAF quer abandonar Global Hawk, mas enfrenta resistência do Congresso

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globalhawk

O jornalista Aram Roston noticiou no Defense News que o Congresso americano tem ampliado seus esforços para impedir que a Força Aérea dos EUA abandone em definitivo o projeto do RQ-4 Global Hawk.

O problema é que a USAF considera que as restrições de emprego do Global Hawk não justificam seu emprego frente às qualidades do bom e velho U-2. As restrições que mais preocupam a USAF são as relacionadas ao mal tempo. O Global Hawk é proibido de voar sobre tempestades e, por não ser pilotado nem possuir equipamentos para tal, não pode desviar das tempestades.

É importante lembrar que as missões em que se empregam o Global Hawk e o U-2 são de suma importância para as Forças Armadas americanas e para a segurança nacional: a eles são confiadas as tarefas de manter vigilância e espionar áreas estratégicas e perigosas como a China e a Coreia do Norte. No entanto de nada adianta se a aeronave não pode operar em tempo ruim, como é o caso da temporada de chuvas do Pacífico Sul (onde fica a base aérea de Guam, onde estão baseados) que dura seis meses.

Mas o quê, para a USAF, serve de argumento para jogar para escanteio e sucatear uma frota de novíssimos UAVs que custaram mais de 200 milhões de dólares por unidade? Parece que simplesmente o novato Global Hawk não consegue superar as qualidades do ancião U-2. Apesar de uma autonomia de voo muito menor que do Global Hawk, o U-2 oferece custos de operação semelhantes, maior altitude de voo e melhores sensores. Mesmo com o Global Hawk carregando um tipo de sensor a mais, o U-2 possui um sensor eletro-óptico muito melhor. Aliás, o conjunto de melhores sensores com maior altitude confere ao U-2 um “raio de visão” (de até 100 milhas) muito maior que do Global Hawk, aumentando a quantidade de informação que ele pode adquirir sem precisar se aventurar em espaço aéreo hostil. E, além disso, apesar de serem da década de 50, os U-2S foram certificados para 75 mil horas de voo, mas a média de cada aeronave é de 14 mil, tendo bastante tempo de utilização ainda para queimar.

Por todos esses motivos a USAF anunciou seu desejo de aposentar o Global Hawk há mais de um ano. No entanto, motivado pelo lobby da indústria de defesa o Congresso lançou seu apoio ao UAV; no começo do ano ordenou a USAF a operar todos os seus Global Hawk pelo menos até 2014, impedindo que qualquer centavo fosse dirigido a qualquer iniciativa de aposentar, estocar, ou preparar a aposentadoria de qualquer um dos RQ-4 Block 30.

O Congresso, essencialmente, está obrigando a Força Aérea a gastar dinheiro com um projeto que eles não querem e não precisam. Enquanto isso o Congresso tenta estender a obrigação de emprego dos Global Hawk até 2016.

Essencialmente a disputa descambou para um embate entre os lobbies da Northrop Grumman e da Lockheed Martin, fabricantes das duas aeronaves.

A Northrop Grumman tenta salvar o projeto oferecendo um pacote que melhore os sistemas do Global Hawk. A Força Aérea diz que, para isso, teriam que desembolsar 855 milhões de dólares. No entanto o valor apresentado pela empresa é de 85 milhões. A solução mágica para a diferença de preço? Canibalizar os U-2 utilizando as câmeras já instaladas nos aviões para equipar os Global Hawk. Assim a competição estaria definitivamente encerrada com a aposentadoria forçada dos U-2.

Foram propostos também redução nas restrições de operação dos Global Hawk, para reduzir os tempos de inatividade das aeronaves, além da instalação de sistemas que possibilitem aos operadores desviar as aeronaves de quaisquer formações de nuvens perigosas.

A resposta da USAF a essas ofertas vai definir o futuro do Global Hawk nos EUA, e o seu sucesso sem dúvida seria uma boa notícia para a Northrop Grumman que viu a rejeição do Euro Hawk na Alemanha cancelar a versão europeia do UAV.

Fonte | Fotos: operacional