News

Segundo Condor Day leva experiência não letal a Canoas (RS)

Mostra BID Brasil 2024 já tem mais de 80% dos espaços vendidos

FAB realiza corrida de conscientização do Autismo e da Síndrome de Down

Instituto Tecnológico de Aeronáutica promove Fórum de Educação em Engenharia com foco no futuro

Comando Logístico apoia prontidão da Força na Amazônia

DATEN investe no setor de segurança e defesa

FAB celebra o Dia da Aviação de Caça

Thursday, 02 de May de 2024
Home » História » Justiça do Rio bloqueia contas da Associação de Veteranos da FEB

Justiça do Rio bloqueia contas da Associação de Veteranos da FEB

Diversos
Por

museu_feb

O juiz Claudio Augusto Annuza Ferreira, da 11ª Vara de Fazenda Pública do Rio, determinou o bloqueio das contas bancárias da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira ( ANVFEB). A crise se acentua na entidade, criada para preservar a história e memória dos ex-combatentes, às vésperas das comemorações dos 70 anos do fim da Segunda Guerra, na sexta-feira (8).

A decisão é um desdobramento do processo que a associação está travando com o governo do estado do Rio para manter a Casa da FEB, inaugurada em 1976, na Rua das Marrecas, 35, no Centro da cidade. Na ação, o estado cobra na justiça R$ 1 milhão e 600  mil de aluguéis que não foram pagos nos últimos 13 anos.

De acordo com a direção da associação, o terreno do prédio foi cedido pelo governador Carlos Lacerda, na década de 60. Na época, os ex-combatentes se uniram e construíram o prédio atual (com cinco andares), onde funciona o museu que guarda a memória dos 25 mil pracinhas brasileiros que lutaram na Itália entre 1943 e 1945.

De acordo com o general Mário Rosendo de Melo, a missão do museu é resgatar e não deixar perder a memória dos soldados que lutaram na Itália e no Brasil durante o período da guerra. Ele lamenta a crise que a instituição está passando.

frasco_monte_castelo

“Nos bloquear é rasgar a história do Brasil. O estado às vezes não sabe o que faz. Ele se perde na imensidão de coisas que acontecem no dia a dia. Eles estão cobrando uma taxa de ocupação. Nós somos utilidade pública e agora vem cobrando isso. Setenta anos da Segunda Guerra Mundial, todo mundo reverencia e hoje nós estamos sofrendo”, disse.

O prédio atual foi inaugurado pelo presidente Ernesto Geisel. Nesse período, nunca houve pagamento de aluguel. A instituição, considerada entidade de utilidade pública, sempre se sustentou com a cobrança de mensalidade dos seus associados que nos melhores dias já foram 10 mil. Atualmente, é feita a cobrança de R$ 26 mensais de 300 associados, sendo cerca de 100 veteranos e ex-combatentes.

Os problemas começaram com a redução de associados há cerca de cinco anos. Entre as medidas de contenção, a Casa da FEB passou a abrir duas vezes por semana para visitas ao museu. O trabalho de 11 pessoas na instiuição é feito por colaboradores, filhos e netos de ex-combatentes.

No museu da FEB é possível ver uniformes, armas, instrumentos de comunicação usados no campo de combate. Entre as lembranças está a pedra original da capela erguida pelos pracinhas brasileiros na cidade de Staffoli, e um vidro com terra de Monte Castelo, trazida por um soldado brasileiro.

Memória

rosenthal_vale

Israel Rosenthal, 94 anos, é um dos ex-combatentes brasileiros que lutaram na Itália na Segunda Guerra Mundial.  Setenta anos depois, com boa memória e humor afiado ele relembrou para o G1os principais momentos dos três meses que serviu na Itália.  Ele conta que a maior experiência foi levar para toda a vida a amizade e a confraternização dos companheiros com quem conviveu. Rosenthal não seguiu no Exército mas a sua rotina nestes 70 anos é frequentar a Casa da FEB e conversar sobre a guerra.

Fonte | Fotos: g1