Mísseis russos de grande alcance ar-ar da classe K-100 são capazes de destruir misseis com que está armada a maioria de caças americanos, consideram peritos da edição americana The Daily Beast. Há muito que o Ministério da Defesa dos EUA não tinha como objetivo desenvolver e implementar métodos contemporâneos de luta radioeletrônica, escreve a edição. Por isso hoje os americanos podem enfrentar sérios problemas na contraposição aérea aos caças russos.
A distância de alcance é mais um ponto fraco de mísseis americanos. O míssil teleguiado russo K-100, que tem também outro nome de K-172, é capaz de desenvolver velocidade hipersônica, tendo o alcance previsto de cerca de 400 quilômetros.
Contudo, como fora comunicado anteriormente, apesar de tais caraterísticas, a Força Aérea da Rússia preferiu ao K-172 o míssil K-37M (codificado pela OTAN como o AA-X Arrow) da classe ar-ar de maior alcance, produzido pela empresa Vympel. O engenho está destruindo alvos que voam ao seu encontro e, após receber coordenadas, é dirigido por um sistema de navegação por inercia (INS) sendo invisível pela vítima.
Provavelmente, em opinião de peritos, os americanos não reconhecerão incondicionalmente a primazia dos mísseis russos ar-ar em relação aos análogos americanos. As declarações referidas assentam numa outra razão. Até ultimamente, mesmo a possibilidade de confrontação militar entre a Rússia e os EUA não foi levada em consideração. Tal caso foi excluído, aponta o diretor do Centro de Pesquisas Sociopolíticas, Vladimir Evseev:
“Agora, porém, os EUA começaram a reforçar a sua presença imediatamente na proximidade de fronteiras russas. Em particular, aviões do tipo F-16 já se encontram nos países bálticos, tendo por missão acompanhar bombardeiros estratégicos russos. Nessas condições, os EUA começaram a estudar mais atentamente a possibilidade da confrontação com caças polivalentes que estão em dotação das Forças Armadas da Rússia”.
Após o conflito armado com a Geórgia em 2008, a Rússia alcançou importantes êxitos no desenvolvimento dos meios de luta radioeletrônica (LRE). Por isso, referindo-se à necessidade de elaborar novos mísseis da classe ar-ar, podemos falar não apenas da distância de tiro – os americanos, provavelmente, também dispõem de misseis capazes de atingir alvos a uma distância de até 200 quilômetros”, destaca Vladimir Evseev.
“Não se trata, provavelmente, de distância de tiro, mas sim de proteção contra os meios de LRE. Nesta área, a Rússia alcançou grandes êxitos. Como exemplo, pode ser mencionado o sistema Avtobaza que foi fornecido ao Irã e se recomendou perfeitamente na Crimeia como um meio de intercessão de drones americanos”.
Hoje, os mísseis russos da classe ar-ar podem ser equiparados aos análogos estrangeiros pela distância de tiro, considera o perito. Provavelmente, a Rússia tem uma certa vantagem no que diz respeito às potencialidades de operação em condições de LRE. Atualmente, é necessário aperfeiçoar sistemas de indicação de alvos, de orientação e de comando combativo, o que reforçará as potencialidades de intercessão de alvos aéreos pela aviação militar russa.